O mar bobo
Em algum ano perdido da Idade Média, em algum lugar perdido no
tempo, alguém escreveu essa história. Então, ela não é real? Eu não disse nada
disso...
Noite, no meio do mar, em cima de uma canoa
velha pertencente ao seu pai, Gilberto questionava-se se os rumores sobre
lindas criaturas metade peixe metade humano eram verdade: se eram tão belas
assim, mais cruéis do que qualquer outro homem ou, principalmente, se realmente
existiam.
Porém havia uma coisa que o atraía mais do que a curiosidade - o fato de que, se presenciasse o nascimento ou a transformação de qualquer sereia, não seria mais encantado pela magia destas, e, se visse as duas ocasiões, poderia respirar na água mais tempo do que qualquer outro humano normal!
Porém havia uma coisa que o atraía mais do que a curiosidade - o fato de que, se presenciasse o nascimento ou a transformação de qualquer sereia, não seria mais encantado pela magia destas, e, se visse as duas ocasiões, poderia respirar na água mais tempo do que qualquer outro humano normal!
Todavia o jovem já estava impaciente, já se
passara muito tempo desde que a canoa chegará ao “mar bobo”, região perto da
praia de Leão onde as sereias costumavam atacar e somente “um bobo” se
arriscaria a cruzar com uma delas.
Talvez toda aquela história de sereias, fosse
nada mais e nada menos que “conversa de pescador”. Opa! Ouviu isso? Gilberto
ajeitou as mãos calejadas com um pouco de medo e encarou a praia com seus olhos
castanhos: vazia, totalmente vazia. O barulho só podia ter vindo do mar, o “mar
bobo”, que não parecia mais tão bobo assim. Ele parecia assustador e mórbido, e
quem era o bobo? Sem dúvida, Gilberto.
De repente, uma canção, uma magnífica canção
e uma linda mulher estava nadando em direção ao barco. Ela estendeu sua
delicada mão ao jovem que a apertou sem hesitar. Ela segurou o fino queixo de
Gilberto com a outra mão para arrastá-lo á água. Mas ela não o fez, olhou
profundamente nos olhos de Gilberto e simplesmente disse:
- Não posso, isso-isso é cruel, saia daqui
rápido, as outras não terão piedade.
Gotas brotaram de seus olhos dourados e foram
se espalhando sobre sua face branca. Ela ajeitou os fios de cabelo ruivo do
homem, sorriu, e foi aproximando seus lábios cobertos de lágrimas perto dos de
Gilberto para um beijo.
A mulher afastou-se, e mergulhou ao fundo dos
mares, revelando parte de sua calda. Ele não tardou a começar o caminho de
volta como pedira a sereia.
Essa não! Outro canto! O coração de Gilberto começou a acelerar.
Alguém pareceu ter pulado em cima da seria que estava cantando, pois está parou
um pouco depois de um estrondo na água.
- Fuja! – o mesmo alguém gritou e Gilberto obedeceu
remando o mais rápido que podia.
Ele aterrizou o barquinho e afundou os pés na
areia, finalmente sã e salvo, grato por quem o ajudou e a sereia que o poupara,
que ele desconfiava serem a mesma pessoa.
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