A Teoria de Gaia: Prólogo ~ Sorrateira Morte

Oi Fulanos >///< 

Tudo bem com vocês? Espero que sim :) Tenho uma notícia boa e outra ruim. Lá vai a boa: hoje finalmente vou postar o prólogo do Teoria de Gaia !ooo! Mas ficou muito depressivo TT^TT E eu odeio drama... Então se você é uma pessoa muito sensível como eu não precisa ler, você vai entender o resto da história de qualquer jeito ^^ Só peço que leia a sinopse (www). Eu e a Ju já escrevemos os dois primeiros capítulos XD Não estão dramáticos não, como o resto da fanfic também não vai estar :) Só o prólogo mesmo saiu depressivo...

 

A Teoria de Gaia: Prólogo ~ Sorrateira Morte

Eu ainda era muito pequena quando minha vó paterna morreu com apenas 70 anos, a família toda se reunia em sua casa naquele dia de desgraça, inclusive eu com 6 anos de idade. Por que todos estavam lá? A medicina naquela época podia prever aproximadamente o tempo que um corpo doente ainda iria aguentar, porém não podia curar vovó, eu nunca soube o que ela teve, mas também nunca quis saber.

Era uma segunda-feira á tarde, implorei para mamãe me deixar faltar na aula para ver minha vó, todavia meu irmão permaneceu lá, era mais novo que eu.

- Oi, vó - a cumprimentei sorrindo passando pela porta que ligava o aposento ao corredor.

- Olá, querida, não devia estar aqui - disse ela um pouco rouca.

- Quero ficar com senhora, vovó - respondi me aproximando da cama e dando um beijinho em sua testa do qual ela retribuiu com um na minha bochecha.

- Dá uma abraço na vovó - pediu ela com as mãos no conhecido gesto e a obedeci, logo, com aquele abraço, um sorriso bobo se estampou no meu rosto.

- Vovó, eu acho que ninguém devia ficar triste por você estar indo pro céu, porque - parei um pouco e fitei para os outros que se localizavam no quarto - porque lá as pessoas são muito felizes e tenho certeza que Deus vai tratar a senhora muito bem e a gente vai ficar ainda mais com você, porque a senhora vai estar nos vigiando lá de cima, e eu vou guardar uma parte da sua alma, assim como todo mundo que te ama, dentro do meu coração. Eu sei que tem umas pessoas que vivem até os 120, mas pra mim, a senhora viveu muito. Muito mais que eu, né? Acho que, quando alguém morre com essa idade, tem que comemorar, porque ela já fez tudo que tinha que fazer na vida.

Creio que a única que gostou do discurso foi minha vó, pois ela pediu outro abraço. O resto (a não ser meus pais que estavam chorando) não parecia estar prestando muita atenção.

- Filha, acho que já está na hora de voltar para escola - avisou mamãe um tanto triste.

- Mas, mas, eu não quero ir - falei, os olhos se enchendo de lágrimas.

- É melhor, minha neta, vovó vai ficar bem, me dá outro abraço.

- Si-sim - concordei e não a larguei por longos minutos, a água escorrendo sobre meu rosto de criança.

Ainda no abraço, ela cochichou:

- Gaia, quero que me prometa uma coisa - assenti com um "aham" e ela continuou - proteja a natureza com a sua vida, o mundo corre perigo. Vovó te ama muito, muito mesmo.

- Também te amo, vovó.

No final do dia, meus pais chegaram em casa e minha mãe disse que vovó esqueceu de me entregar uma coisa. Era um colar dourado muito bonito em formato de chave, agradeci e dei um abraço enorme nela, perguntei se minha vó já havia morrido, eles disseram que não, ela continuaria viva no meu coração.